Jardim Botânico da UEPB e Projeto Cumaru: Um Marco na Defesa da Caatinga

Amburana Cearensis na caatinga paraibana. Foto: Sérgio Melo

Jardim Botânico da UEPB e Projeto Cumaru: Um Marco na Defesa da Caatinga

Artigo e fotos por: Sérgio Melo 

 

O Jardim Botânico da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) tem desempenhado um papel fundamental na conservação ambiental através de projetos inovadores, como o Projeto Cumaru, que visa preservar a Amburana cearensis, uma espécie nativa da Caatinga e ameaçada de extinção. Coordenado pelo Jardim Botânico da UEPB e financiado pela Botanic Gardens Conservation International (BGCI) através do programa Global Trees Campaign, o projeto ilustra a importância das parcerias para a proteção do meio ambiente. 

Desde o seu início, o Projeto Cumaru tem focado em atividades de pesquisa, conservação e educação ambiental. A coleta de dados científicos sobre a Amburana cearensis incluiu a identificação de matrizes georreferenciadas em várias localidades da Paraíba, como Patos, Pedra Lavrada e Olivedos. Este monitoramento é crucial para o acompanhamento das condições de crescimento e reprodução da espécie. 

As ações do projeto também se estendem à educação ambiental, com palestras e rodas de conversa em comunidades rurais, como as de Pedra Lavrada e São José da Mata. O engajamento das comunidades locais é essencial para o sucesso da conservação, pois essas populações têm um conhecimento tradicional valioso sobre a planta e sua importância cultural e medicinal. O projeto fomenta a conscientização sobre a preservação do Cumaru (Amburana cearensis) e a necessidade de práticas sustentáveis para garantir sua sobrevivência. 

As parcerias com organizações como a Fundação Franklinia e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) reforçam a capacidade do Jardim Botânico da UEPB de desenvolver iniciativas de conservação. Essas colaborações são fundamentais não apenas para obter financiamento, mas também para trocar conhecimentos técnicos e ampliar o alcance das ações ambientais. Além disso, a continuidade de projetos como o Cumaru depende do estabelecimento de novos acordos de cooperação que possam garantir suporte a longo prazo. 

 

Zona rural do município de Pedra Lavrada. Foto: Sérgio Melo
Zona rural do município de Pedra Lavrada. Foto: Sérgio Melo

 

Diante dos avanços alcançados, o Jardim Botânico da UEPB está em uma posição estratégica para expandir suas iniciativas de conservação, buscando novas parcerias nacionais e internacionais. O êxito do Projeto Cumaru demonstra que essas colaborações são cruciais para preservar espécies ameaçadas, promover a biodiversidade e educar as próximas gerações sobre a importância da sustentabilidade ambiental. 

A importância das parcerias para o sucesso desses projetos é evidente, pois possibilitam o financiamento de atividades, o acesso a novas tecnologias e a troca de conhecimento com especialistas em conservação de diversas partes do mundo. 

 

Projeto Cumaru 

O Projeto Cumaru foi iniciado em 2022, com o objetivo de preservar a Amburana Cearensis, uma árvore nativa da Caatinga e listada como ameaçada de extinção. Coordenado pelo Jardim Botânico da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), esse é o primeiro projeto de conservação da UEPB e tem um papel pioneiro na defesa do meio ambiente no estado da Paraíba. Desde o seu início, o projeto tem se destacado como um marco importante para a preservação da biodiversidade local. 

Atualmente, o Projeto Cumaru alcançou a fase de plantio de mudas da Amburana cearensis na Caatinga paraibana. As mudas, preparadas no viveiro do Jardim Botânico da UEPB, são plantadas em municípios como Pedra Lavrada, Olivedos e Monteiro. O projeto também acompanha de perto o desenvolvimento dessas mudas, utilizando tecnologias como o georreferenciamento para monitoramento contínuo. 

 

Mudas da Amburana Cearensis (Cumaru) no viveiro do Jardim Botânico da UEPB. Foto: Sérgio Melo

 

A importância do projeto é reforçada por suas parcerias estratégicas, como com a Associação GAEA, uma entidade dedicada à promoção de espécies nativas, e com organizações internacionais como a Botanic Gardens Conservation International (BGCI) e a Fundação Franklinia. Essas colaborações trazem financiamento, conhecimento técnico e redes internacionais que permitem que o projeto alcance seus objetivos de conservação. O envolvimento dessas instituições é essencial para viabilizar iniciativas de conservação de longo prazo, combinando esforços locais e globais. 

O Projeto Cumaru não apenas contribui para a preservação de uma espécie ameaçada, mas também atua diretamente com as comunidades locais, promovendo educação ambiental e o engajamento da população na conservação de seu habitat natural. Além disso, o projeto reforça a capacidade do Jardim Botânico da UEPB de se consolidar como um centro de referência em conservação ambiental na Paraíba, demonstrando o impacto positivo que colaborações e pesquisas podem ter no fortalecimento da biodiversidade e no desenvolvimento sustentável. 

 

Viveiro do Jardim Botânico da UEPB. Foto: Sérgio Melo
Viveiro do Jardim Botânico da UEPB. Foto: Sérgio Melo
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