A importância da semeadura no trabalho de conservação do Cumaru na caatinga paraibana

Após meses de pesquisas através de viagens a caatinga paraibana, trabalhando no georreferenciamento das árvores, acompanhamento fenológico, produção de exsicatas e posteriormente realizando coletas das sementes do Cumaru, iniciou-se a etapa de semeadura no Jardim Botânico da UEPB.

A importância da semeadura no trabalho de conservação do Cumaru na caatinga paraibana

No mês de dezembro, a Agroecóloga e responsável pela semeadura, Kaline Meira, iniciou no laboratório do Jardim Botânico da UEPB, os trabalhos de separação e tratamento das sementes por matrizes. Seguindo o protocolo, preparou as bandejas de tubetes no viveiro de mudas, alocando-os devidamente para receber as sementes. E assim, terá um acompanhamento até o final de março.

A semeadura desempenha um papel crucial na conservação de espécies que se encontram na lista de risco de extinção, como o Cumaru. É parte fundamental na estratégia para preservação da árvore, especialmente quando a reprodução natural está comprometida. Permitindo o aumento da população em áreas onde ela está ameaçada. Contribuindo para a restauração de ecossistemas degradados nos quais o Cumaru pode ter sido prejudicado. Isso não beneficia apenas a árvore, mas também todo o ecossistema associado.

Ao semear sementes de diferentes árvores de Cumaru, promove-se a diversidade genética dentro da população. A diversidade genética é fundamental para a adaptação das espécies às mudanças ambientais e para a resistência às práticas e doenças.

A semeadura contribui para a restauração dos ecossistemas, a promoção da biodiversidade, a sustentabilidade cultural e econômica, e o envolvimento ativo das comunidades locais na conservação do seu ambiente natural. O Cumaru tem relevância cultural na região, sendo utilizado em diversas práticas locais. A semeadura pode ajudar a manter e preservar essa identidade cultural, garantindo a disponibilidade da árvore na paisagem.

 

Kaline Meira, Agroecóloga e Mestre em Ciências Agrária, realizando processo de separação e tratamento das sementes por matriz. Foto: Sérgio Melo

 

A Associação GAEA, por meio de seu projeto denominado Jardim Botânico Araribá – JBA, cujo objetivo é a promoção de coleta, produção e plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, é parceira institucional da associação privada Botanic Gardens Conservation International (BGCI), com sede no Reino Unido, responsável pelo financiamento do projeto “Conservação de Amburana Cearense do Bioma Brasileiro da Caatinga no Estado da Paraíba”, através do programa GTC Global Trees Campaign, com a Fundação Franklinia e apoio do Jardim Botânico Professor Ivan Coelho Dantas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

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