A Paraíba é um dos estados mais presentes na música de Luiz Gonzaga

O candidato a senador José Pereira Lira, o Cachimbão, para quem o baião Paraiba, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira foi composto para a sua campanha eleitoral de 1950.

A Paraíba é um dos estados mais presentes na música de Luiz Gonzaga

O multidao na Praca da bandeira de Campina Grande no dia 9 de julho de 1950, quando Luiz Gonzaga cantou o baião Paraíba do candidato a senador José Pereira Lira.
O multidão na Praça da bandeira de Campina Grande no dia 9 de julho de 1950, quando Luiz Gonzaga cantou o baião Paraíba do candidato a senador José Pereira Lira.

A Paraíba é um dos estados mais presentes em Luiz Gonzaga, seus lugares, paisagens, costumes e personagens paraibanos.

Uma das músicas mais famosas dele, o “Baião Paraíba”, composta originalmente como jingle (música) do candidato a senador José Pereira Lira, foi lançada na campanha eleitoral de 1950, a mais violenta da Paraíba no séc. XX, entre os candidatos a governador José Américo de Almeida e Argemiro de Figueiredo.

No dia que Luiz Gonzaga cantou o baião Paraíba em Campina Grande, no lançamento da campanha de Pereira Lira, e inauguração dos Correios da cidade, houve tiroteio entre argemiristas e americista, seguido de três mortes e muitos feridos.

O baião exalta da Paraíba na Revolução de 1930, Paraíba masculina/ Muié macho, sim sinhô, que mudaram a história do Brasil, e também um personagem paraibano marcante desses acontecimentos, o coronel José Pereira Lima, de Princesa Isabel: Êita pau Pereira/ Que em Princesa já roncou.

O baião Paraiba já foi gravado em japonês
O baião Paraíba já foi gravado em japonês

Os adversários americistas de Pereira Lira denegriram o baião, dizendo que refrão Paraíba masculina/ Muié macho, sim sinhô humilhava a paraibana. Luiz Gonzaga passou o resto da vida dizendo que ele quisera apenas homenagear a Paraíba de 1930, comparando-a a mulher que batalha feito homem.

Até hoje o baião Paraíba nos encanta, pelas belezas da letra, melodia, cantar e acompanhamento de sanfona de Luiz Gonzaga, e polemiza por causa dos versos muié macho, sim sinhô. Por causa deles, se questiona pelo Brasil a respeito da feminilidade versus virilidade da paraibana.

 

Perguntas ao internauta:
    • A defesa de Luiz Gonzaga do baião Paraíba lhe satisfaz?
    • O baião Paraíba humilha mesmo a mulher da Paraíba pelo fato de tratá-la de mulher macho?
    • Seria preconceito homofóbico antilésbico, já que Luiz Gonzaga diz numa regravação do baião Paraíba um desprezível, sai pra lá peste?
    • O fato de Luiz Gonzaga associar a brava Paraíba (estado de nome feminino) à mulher macho seria preconceito machista? Para a mulher ser forte a valente ela precisa ser homem?

 

O multidao na Praca da bandeira de Campina Grande no dia 9 de julho de 1950, quando Luiz Gonzaga cantou o baião Paraíba do candidato a senador José Pereira Lira.
O multidão na Praça da bandeira de Campina Grande no dia 9 de julho de 1950, quando Luiz Gonzaga cantou o baião Paraíba do candidato a senador José Pereira Lira.
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