Primeira Mostra de Pesquisa e Extensão da UEPB movimenta Lagoa Seca com ciência, arte e educação ambiental

Na última terça-feira, 8 de abril, a Praça do Mercado Municipal de Lagoa Seca se transformou em um verdadeiro laboratório a céu aberto. A cidade sediou a Primeira Mostra de Pesquisa e Extensão da UEPB, um evento inédito realizado pelo PROEXT-PG, programa que integra a Pró-Reitoria de Extensão e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual da Paraíba. Com apoio da CAPES, a iniciativa tem como objetivo promover os projetos de pós-graduação que também desenvolvem ações de extensão, unindo ciência e comunidade.
A mostra contou com a participação de seis projetos de extensão, entre eles o “Ecoando Ciência”, vinculado ao Laboratório de Ecologia Vegetal Integrativa (LEVIn). O coordenador do projeto, professor Sérgio de Faria Lopes, destacou que o evento marca um passo importante na divulgação científica:

“Esses projetos articulam ciência e sociedade. Hoje foi a primeira mostra realizada pelo PROEXT-PG e consideramos a participação excelente, com presença de escolas, associações como a ECOAMA e a EcoBorborema, além de representantes do poder público e de instituições de ensino da região.”
Durante o evento, o projeto Ecoando Ciência apresentou ao público amostras científicas de abelhas sem ferrão, plantas nativas da Caatinga, cactáceas, solos característicos do bioma, além de um banco de sementes e estudos sobre etnobotânica e Etnobiologia. Um dos pontos altos foi o uso de um óculos de realidade virtual, com um documentário sobre a Bacia do Rio Paraíba, oferecendo ao público uma experiência imersiva sobre as questões socioambientais da região.

Outro projeto que chamou atenção foi o “Das Cores da Terra”, coordenado pelo professor Simão Lindoso, do Departamento de Biologia da UEPB. O projeto trabalha com o uso de tintas naturais feitas com terra, e tem como público-alvo crianças do ensino fundamental, agricultores agroecológicos e pessoas idosas, especialmente participantes da Universidade Aberta à Maturidade da UEPB.
“A tinta de terra é uma ferramenta pedagógica poderosa. É simples de fazer — terra peneirada, água e cola branca — e pode ser aplicada em papel, barro, madeira e até paredes. Além de ecológica, é uma forma de expressão artística e, em alguns casos, de geração de renda”, explicou o professor Simão, que também agradeceu em nome da professora Ana Paula Bispo — que coordena o programa de extensão vinculado à pós-graduação da UEPB — pelo convite para participar do evento e mostrar o trabalho desenvolvido pela UEPB.
O projeto “Das Cores da Terra” possui um perfil no Instagram, onde compartilha suas atividades e oficinas: @das_cores_da_terra.
A Primeira Mostra de Pesquisa e Extensão da UEPB mostrou que ciência, arte, cultura e educação ambiental caminham lado a lado quando o objetivo é transformar realidades. Ao ocupar o espaço público com conhecimento e diálogo, a universidade reafirma seu papel como agente ativo na construção de uma sociedade mais consciente, crítica e conectada com seu território.