Programas e filmes sobre o Golpe Militar nesta semana na TVE
Para relembrar e entender um período recente do Brasil, a TVE exibe, desta segunda (27) a domingo (02/04), programas com entrevistas, filmes e documentários sobre o Golpe Militar. A programação é uma produção da TV Brasil.
Quem abre o especial “Passado Presente – Semana Ditadura e Democracia”, às 22h, é Felipe Neto e Ynaê Lopes dos Santos que discutem memória, verdade e versões. Em seguida, às 22h30, será exibido o documentário “O Dia Que Durou 21 anos”. O filme inicia com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, até o sequestro do embaixador dos EUA, em 1969, e mostra a participação dos Estados Unidos na preparação do golpe.
Na terça-feira (28), os temas serão militares e guerrilheiros, com Carlos Fico e Cid Benjamin, e exibição de “Tempo de Resistência”, sobre os movimentos de oposição ao regime. O documentário faz uma análise profunda da luta, desde os primeiros movimentos e facções, até o contra-ataque e perseguição pelo governo militar.
O direito de resistir e a cultura serão temas da sessão de quarta-feira (29), com Heloísa Starling e João Cezar de Castro Rocha, sobre a obra “Torre das Donzelas”. O filme traz relatos da ex-presidente Dilma Rousseff e um grupo de mulheres. Elas revisitam sua história, após 40 anos, sobre o período que viveram como presas políticas, na penitenciária feminina, cujo apelido dá nome à obra.
Na quinta-feira (30) tem a exibição do filme “Batismo de Sangue”, às 22h30. A obra traz a história de um convento de frades dominicanos que, no fim dos anos 60, apoiou o grupo guerrilheiro liderado por Carlos Marighella. Os freis envolvidos no movimento seriam, posteriormente, presos e torturados.
Sexta-feira (31) tem programação dupla. A TVE exibe, às 21h, o documentário “A Última Clandestina”. Baseado na obra de Emiliano José, ele narra a história da ex-militante Maria José Malheiros, que chegou a viver por 40 anos com um nome falso, para escapar à perseguição do regime militar.
Em seguida, às 22h, Maíra Pankararu e Sheila de Carvalho falam sobre os reflexos da ditadura na Amazônia, ontem e hoje, com exibição de “A Flecha e a Farda”. O filme busca, 50 anos depois, as pessoas que fizeram parte do grupo Guarda Rural Indígena. Fundado e treinado pela ditadura, em 1970, o grupo marchou fardado para a cúpula dos militares.
O documentário “Missão 115” faz parte da sessão de sábado (01/04), às 22h, com participação de Marcos Nobre e Bruno Paes Manso, que relaciona a obra com os atos golpistas de 8 de janeiro. Em 1981, os brasileiros negociavam uma abertura política, para encerrar uma ditadura. Um grupo de membros dos serviços de segurança, porém, começa a cometer atentados; incluindo o mais famoso, o do Riocentro.
Para encerrar a semana, no domingo (02/04), também às 22h, o programa apresenta o filme “Oreste”, e reflete sobre a democracia, sistema de justiça e direitos humanos com os debatedores Jurema Werneck e Luiz Eduardo Soares. A obra apresenta o mito grego de Orestes – que teria definido o início da democracia no ocidente, e questiona como Ésquilo, autor da peça grega sobre o mito, teria feito, se isso acontecesse no fim da Ditadura Militar no Brasil.