Projeto Cumaru realiza visita técnica anual na caatinga paraibana

 Projeto Cumaru realiza visita técnica anual na caatinga paraibana

Avaliação e Conservação da Amburana Cearensis Avançam com Envolvimento Comunitário e Parcerias Estratégicas. Foto: Sérgio Melo

No primeiro ano do projeto em 2022, o objetivo do coordenador administrativo, Guaraci N. Dinis, foi conhecer as matrizes que foram identificadas e as sementes coletadas. No segundo ano (2023), ele conheceu as comunidades envolvidas no projeto, trabalhou com a semeadura no viveiro e acompanhou o desenvolvimento das sementes, além de dialogar com a diretoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) sobre os progressos do projeto e sua importância. 

A visita técnica deste ano (2024) faz parte do programa previsto no projeto, buscando conhecer as ações aplicadas nas comunidades e observar as mudas plantadas em maio de 2024, distribuídas no distrito de Cumaru, município de Pedra Lavrada, e na zona rural da cidade de Olivedos. Este ano, parte das mudas foi entregue à comunidade, enquanto outras estão sendo monitoradas no viveiro do Jardim Botânico da UEPB para serem plantadas em setembro. Guaraci, responsável pela Fundação GAEA, realizou a visita técnica para verificar o plantio das mudas e estabelecer contato com as comunidades envolvidas no projeto. 

O recurso financeiro previsto no projeto para o plantio das mudas visa remunerar diretamente as pessoas que ajudam no cuidado das plantas em seu habitat natural. A equipe também visitou algumas matrizes na Serra das Flechas, no município de Pedra Lavrada, onde coletaram material para fazer exsicata das flores da Amburana Cearensis para o herbário da UEPB, servindo como referência para identificação da espécie, que apresenta características distintas entre suas fases foliar e floral. 

 

Flores da Amburana, conhecida popularmente na caatinga paraibana como 'Cumaru'. Foto: Sérgio Melo
Flores da Amburana Cearensis, conhecida popularmente na caatinga paraibana como ‘Cumaru’. Foto: Sérgio Melo

 

“Foi muito bom estar presente e ver o trabalho desenvolvido pelos técnicos do projeto e que as mudas estavam sendo bem cuidadas. Identificamos algumas formas de melhorar essas mudas e realizar remanejamentos. Foi interessante ver a comunidade integrada e consciente da importância do projeto, inclusive envolvendo crianças. Essa integração é fundamental para a manutenção do bioma da caatinga. A comunidade valorizou o projeto não por remuneração, mas pela importância de cuidar do bioma e da necessidade dessas plantas estarem de volta,” destacou Guaraci N. Dinis, Presidente do Conselho Deliberativo da GAEA e Coordenador Administrativo do Projeto Cumaru. 

O Projeto Cumaru é uma colaboração entre a Associação GAEA, a Botanic Gardens Conservation International (BGCI), a Fundação Franklinia e o Jardim Botânico Professor Ivan Coelho Dantas da UEPB. Essas instituições combinam recursos financeiros, conhecimento técnico, redes internacionais e esforços locais para proteger e restaurar a Amburana Cearensis e seu habitat na Caatinga paraibana. 

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