Cientistas encontram conjunto de vestígios único no mundo, revelando interação entre povos antigos e vestígios pré-históricos
Descoberta inédita na Paraíba com pegadas de dinossauros e arte rupestre lado a lado
No sertão da Paraíba, pesquisadores brasileiros identificaram uma descoberta sem precedentes: a coexistência de pegadas de dinossauros e gravuras rupestres no mesmo local. Esse achado singular sugere uma interação precoce entre povos originários da região e vestígios pré-históricos, conforme publicado na revista Scientific Reports e divulgado pela Folha de S. Paulo.
A descoberta foi feita no Serrote do Letreiro, na cidade de Sousa, Paraíba, um local já conhecido por sua abundância de vestígios pré-históricos. No entanto, a identificação de gravuras próximas, mas nunca sobrepostas às pegadas de dinossauros, é inédita. “É realmente algo único no mundo. Encontramos vários sítios onde há coincidências, mas nunca houve registros dessas ocorrências lado a lado”, destacou Leonardo Troiano, arqueólogo do Iphan e líder do estudo.
Embora a datação precisa das gravuras seja desafiadora, análises sugerem que elas podem ter entre 2.600 e 9.400 anos de idade. Esse intervalo de tempo indica uma longa história de interação entre as comunidades locais e os vestígios pré-históricos. A complexidade das gravuras e a dificuldade de acesso ao sítio reforçam a intencionalidade e a valorização cultural dos vestígios pelas comunidades antigas.
Os pesquisadores continuam a explorar e proteger este local único, buscando entender melhor a relação entre a arte rupestre e os dinossauros, destacando a importância da preservação para a ciência e para os povos originários do Brasil.
