1º de março – Dia Nacional do Turismo Ecológico

 1º de março – Dia Nacional do Turismo Ecológico

Ações voltadas ao ecoturismo ressaltam a importância da conservação a partir da visitação | Foto: Sérgio Melo

Estar em contato com a natureza é uma das melhores estratégias para conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar do patrimônio natural. O turismo ecológico ou ecoturismo é um desses caminhos

 

Comemorado em 1º de março, o Dia Nacional do Turismo Ecológico é uma oportunidade para estimular as pessoas a planejar os próximos feriados e férias para conhecer lugares diferentes e estarem mais em contato com a natureza. Buscar programas e ações voltadas ao turismo ecológico e comunitário é um caminho para aumentar a conscientização ambiental em crianças e adultos. Opções não faltam.

A seguir, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza traz diversas iniciativas de turismo ecológico distribuídas por todo o Brasil, apoiadas pela instituição. São ações que atuam pela conservação a partir de um turismo responsável e  das áreas visitadas, envolvendo desde a observação da natureza local até o fomento da cultura e o fortalecimento das comunidades locais.

“Buscamos apoiar negócios e projetos com potencial de contribuir com o desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo que promovem a conservação do meio ambiente e da biodiversidade. O fomento a essas iniciativas não se dá apenas com recursos financeiros, mas também com espaço para capacitações, mentorias e aceleração. É uma área com muitas oportunidades e que precisa de incentivo e de ideias inovadoras, escalonáveis e financeiramente sustentáveis.”, avalia a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.

Conheça a atuação de algumas dessas iniciativas:

 

Oceano

O projeto Coalizão pelos Corais desenvolve um programa de turismo científico para integrar a comunidade local de Porto de Galinhas (PE) na resolução de questões ligadas à degradação dos recifes de corais e à demanda por novos passeios turísticos na região. Realizado pela Biofábrica de Corais, visa a restauração de recifes por meio da transplantação de corais, monitoramento e promoção de experiências turísticas.

Já o projeto Aves de Noronha, do Instituto Espaço Silvestre, busca a convergência entre atividades de turismo e o fomento de ações de conservação no Arquipélago de Fernando de Noronha (PE). A iniciativa tem a intenção de preservar a maior diversidade de espécies de aves marinhas do Brasil, além de estimular a economia local, a ciência, a comunicação e o engajamento social.

De João Pessoa (PB), o projeto Coral eu cuido é modelo de gestão integrada e participativa para ajudar na preservação dos recifes costeiros da Paraíba, usando tecnologia interativa digital e campanhas de sensibilização ambiental. O objetivo da solução, executada pela Associação para o Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia (Scientec), é promover um turismo responsável e sustentável, com ênfase no monitoramento da saúde do ecossistema e engajamento permanente dos usuários em medidas de conservação.

No Ceará, o projeto Conhecer para Conservar, iniciativa da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), visa o desenvolvimento de um Plano de Turismo Participativo para promover o turismo comunitário no município de Icapuí. O projeto fornece apoio técnico e legal para cinco comunidades-chave do município, estimulando o fortalecimento de atividades turísticas para a conservação do peixe-boi-marinho e de aves migratórias, espécies ameaçadas de extinção e seus habitats naturais.

O projeto Conhecendo o oceano no rastro das tartarugas marinhas, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Península de Maraú (BA), integra um conjunto de ações locais para conectar o trade turístico, moradores, visitantes e o poder público, com o objetivo de diminuir os impactos sobre os recursos naturais, oriundos da pressão desordenada na região. A iniciativa atua a partir da disseminação de cultura oceânica por meio de circuitos turísticos educativos e de um aplicativo digital que conecta pessoas e negócios com a conservação do oceano e a preservação das tartarugas.

Elaborada pelo Projeto Conservação Recifal, a solução Fomentando o Ecoturismo na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais estimula o turismo participativo no monitoramento dos recifes de corais da maior unidade de conservação costeiro-marinha do Brasil. O processo inclui treinar turistas e capacitá-los para coletar dados durante passeios de snorkel. Uma equipe de pesquisadores realiza expedições trimestrais com a intenção de comparar e validar os dados coletados pelos turistas.

Na região Sul do país, o projeto Botos da Barra busca potencializar o turismo de base comunitária atrelado à conservação da natureza na Barra do Rio Tramandaí (RS). Sua atividade se dá pela capacitação e conscientização dos atores locais, da valorização dos serviços e da paisagem de beleza cênica. O projeto da ONG Kaosa pretende ser catalisador da sustentabilidade de comunidades pesqueiras e litorâneas.

Promovido pela Fundação Educacional da Região de Joinville, o projeto Caminhos do Mar – Turismo de Natureza para a Conservação da Baía da Babitonga, em Santa Catarina, tem a intenção de promover o turismo embarcado de observação da natureza, como as toninhas (o menor golfinho do mundo; ameaçado de extinção). O projeto está coletando e mapeando informações para desenvolver atividades turísticas para a rede de parceiros locais, incluindo jovens que fazem curso técnico em turismo.

Já no Sudeste, o projeto Mergulhando com o Mero, da Associação Ambientalista Terra Viva, busca desenvolver tecnologia para produção em cativeiro do peixe mero – espécie classificada como vulnerável -, criando protocolos para seu manejo, mapeando áreas que favorecem a criação, o repovoamento e o turismo de observação. O mero pode chegar a três metros de comprimento e mais de 400 quilos. O projeto fornece treinamento para comunidades tradicionais, fomentando a cultura oceânica e o fortalecimento das comunidades do entorno.

 

Terra firme

Voltado para apps e plataformas que auxiliam no turismo ecológico responsável, o e-Natureza, executado pela  Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, tem por objetivo oferecer um conjunto de experiências para promover a saúde e o bem-estar de quem visita áreas naturais e comunidades vizinhas. As ações incluem a criação de um manual de boas práticas, cursos de formação on-line para gestores de unidades de conservação e profissionais da área de saúde. Além disso, promove  pesquisa em campo, com a observação de aves, a contemplação da natureza, banhos de floresta e a interpretação ambiental.

eTrilhas é uma plataforma digital que permite a integração dos visitantes com  as unidades de conservação, suas trilhas ecológicas e a cadeia produtiva do entorno, potencializando uma relação de consumo sustentável entre eles. A ferramenta pode ser customizada para diferentes áreas geográficas e unidades de conservação e seu gerenciamento é realizado de maneira descentralizada, garantindo escalabilidade global à solução.

Vivalá promove, desde 2017, expedições turísticas para unidades de conservação, com foco na interação com a natureza e com as comunidades locais. A empresa atua com o volunturismo e o turismo de base comunitária, modalidades de visitação responsável em que os viajantes podem contribuir positivamente com as pessoas e as regiões que estão sendo visitadas. Além de atuar como operadora turística, a Vivalá também capacita micro e pequenos empreendedores locais. O objetivo é que os serviços contratados durante as expedições sejam oferecidos pelas próprias comunidades das UCs e entorno, garantindo emprego e renda por meio da atividade turística sustentável.

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