Dois projetos brasileiros terão 19,6 milhões de dólares do Fundo Global de Biodiversidade

 Dois projetos brasileiros terão 19,6 milhões de dólares do Fundo Global de Biodiversidade

Facheiro, espécie de cacto da Caatinga. Foto: Michael Esquer / ((o))eco

Ao todo, quatro iniciativas internacionais foram selecionadas e no Brasil os projetos envolvem ações em prol de povos indígenas e da proteção do bioma Caatinga

 

Os quatro primeiros projetos internacionais selecionados pelo recém-criado Fundo do Marco Global para a Biodiversidade (GBFF, na sigla em inglês) serão contemplados com cerca de 40 milhões de dólares. Desse total, duas iniciativas brasileiras, dirigidas à proteção de povos indígenas e do bioma Caatinga, pelo Programa Áreas Protegidas da Caatinga (Arca), receberão, juntas, 19,6 milhões de dólares. Foram contemplados também o México e o Gabão.

Geridos pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), os recursos financeiros do GBFF se destinam a apoiar iniciativas dos países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) para o cumprimento, até 2030, das 23 metas vinculadas ao Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (GBF, na sigla em inglês). Esse acordo foi assinado em dezembro de 2023, em Montreal, durante a 15ª Conferência das Partes da CDB (COP-15).

Segundo informado em comunicado do GEF, “um dos projetos brasileiros foca na conservação e uso sustentável da biodiversidade em terras indígenas e, após aprovação do Conselho, receberá quase US$ 9,9 milhões e será implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio)”. “O outro tem foco na conservação da Caatinga” e com recursos de cerca de US$ 9,8 milhões, será implementado pela organização ambientalista WWF.

Dentre os compromissos assumidos pelos países signatários do GBF para conter a perda de espécies e habitats, até o final desta década, se destacam metas de ampliação do sistema mundial de áreas protegidas terrestres e marinhas para uma cobertura de até 30% dos ecossistemas mundiais relevantes e a recuperação de 30% de áreas degradadas globalmente por meio de projetos de restauração florestal. Nessa pactuação se reconhece o papel central dos povos indígenas na proteção da biodiversidade existente em seus territórios e no equilíbrio climático planetário. Tanto que, segundo o GEF, o GBFF tem como objetivo “garantir que pelo menos 20% dos seus recursos sejam destinados a ações de conservação por parte de povos indígenas e comunidades locais”.

As ações para assegurar recursos financeiros representam um grande desafio assumido pelos países signatários da CDB. No acordo de Montreal, um dos compromissos, transformado em meta, foi o de garantir o aporte real de US$ 200 bilhões anuais para proteger a biodiversidade global de um processo de extinção sem precedentes, além de reduzir em US$ 500 bilhões anuais os subsídios para atividades que ameaçam as espécies e seus habitats.

“O CEO e presidente do GEF, Carlos Manuel Rodríguez, comemorou a primeira liberação de grants para a preparação de projetos, que foram aprovados apenas sete meses após o lançamento do GBFF para apoiar a ação no Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal”, informou o GEF em seu comunicado à imprensa. Ao felicitar os países selecionados, o executivo enfatizou que “este é um excelente começo e há muito mais boas notícias para a natureza no caminho para a COP16 na Colômbia [evento será realizado na cidade colombiana de Cali, entre 21 de  outubro e 1º de novembro deste ano.

 

Fonte: ((o))eco

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