Jardim Botânico UEPB realiza reunião com moradores de Pedra Lavrada, apresenta o “Projeto Cumaru” e registra georreferenciamento
Em novembro foi concluída mais uma etapa do Projeto Conservação de Amburana Cearensis (en) no Bioma Caatinga da Paraíba (Projeto Cumaru), visando criar uma iniciativa para a conservação desta espécie, conhecida popularmente como Cumaru, nativa do Bioma Caatinga. Financiado pôr Botanic Gardens Conservation International (BGCI), através do Jardim Botânico Professor Ivan Coelho Dantas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
A coordenação do projeto esteve no distrito de Cumaru, no município de Pedra Lavrada, onde foi realizada uma reunião com os líderes comunitários da região, entre eles presidentes de assembleias, clube de mulheres, Ian Cordeiro – Secretário de Cultura de Pedra Lavrada, e o Grupo União Caatinga, com o objetivo de fomentar a conscientização da população quanto a importância da preservação do Cumaru.
O projeto tem como meta, resgatar a cultura do cumaru, através da comunicação com a comunidade local, explicando sobre a planta e mostrando que a espécie está ameaçada de extinção e correm o risco de sumir do planeta Terra, pois durante anos foi alvo do extrativismo e outras formas de exploração no seu habitat.
Conforme foi observado durante reunião e apresentação do projeto com participação de jovens estudantes da escola Municipal Santa Ana Albuquerque, percebeu-se a importância da planta e sua história entre os moradores mais velhos da região. Entretanto, constata-se que muitos jovens não possuem conhecimento da mesma e suas propriedades medicinais, além dos históricos fluentes nos seus antepassados.
Durante a reunião foram ministradas três palestras, uma delas com o especialista em plantas medicinais e Diretor adjunto do Jardim Botânico UEPB – Helimarcos Nunes Pereira, onde ele falou sobre a importância do “Projeto Cumaru”, além de abordar temas sociais, culturais e histórico da planta e suas propriedades medicinais.
A Engenheira Agrônoma – Daniela Batista da Costa, apresentou a cultura do cumaru e da sua importância para região. O Biólogo e membro associado da Rede Brasileira de Jardins Botânicos – RBJB – Juvenal Damasceno Amaral Filho, realizou uma roda de conversa com o tema: “Cumaru um olhar etnobotânico”.
Georreferenciamento do Cumaru
Foi realizado o georreferenciamento de 34 indivíduos em áreas de mata nativas, em que cada árvore teve sua localização registrada através do GPS, para facilitar os cuidados e acompanhamento delas. Depois serão registradas e catalogadas em mapas como árvores matrizes.