Turismo no Brasil projeta crescimento de 16% em empregos formais para 2024
Embalado pelo bom desempenho do ano anterior, o Turismo no Brasil começou 2024 com números animadores. De acordo com o Banco Central, turistas internacionais deixaram no país US$ 800,6 milhões somente em janeiro, valor recorde para o período. Já em fevereiro, houve um aumento de 10% no número de visitantes, comparado com 2023. Como reflexo desse crescimento, a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estipula um aumento de 3% no setor até o fim do ano.
Os números animam os empresários. O segmento prevê a construção de 108 novos hotéis no Brasil até 2027, com um investimento de R$ 5,7 bilhões. Como reflexo dos números promissores, a Contratuh, confederação que representa os trabalhadores do setor no país, avalia um aumento de 16% na geração de empregos formais somente este ano, chegando a 250 mil novas vagas.
“Desde o ano passado, percebemos a retomada do turismo pós-pandemia. A média do valor da diária aumentou e a média de ocupação tem aumentado, principalmente na região Nordeste. Acreditamos na tendência de aumento. E, analisando nossas bases, a previsão é de recorde de novas vagas formais”, avalia Wilson Pereira, presidente da Contratuh.
O dirigente reforça a importância da qualificação profissional para que a rede hoteleira se fortaleça, bem como os outros setores ligados ao turismo. “O treinamento de equipes de hotel, mas também de guias turísticos, garçons, atendentes e toda uma gama de empregos indiretos que o turismo gera. O atendimento de excelência é primordial para que o turista se sinta bem e retorne”, completa Pereira.
Tendência para o crescimento
Segundo Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), uma forte tendência do setor de turismo para 2024 é a personalização das experiências, onde o turista passa a fazer cada vez mais questão de viagens que considerem seus interesses e preferências individuais. “Também temos sentido um aumento na procura por locais menos explorados, mais bucólicos e menos populosos. Outro ponto importante é que o turismo tem se tornado cada vez mais acessível. O turismo terrestre nos evidenciou isso nos dados divulgados. A maneira de explorar e conhecer um novo lugar vem se ampliando e abrangendo novos públicos”, avalia.
Para o presidente da FBHA, nunca houve tanta gente interessada em explorar as belezas do país. “Este impulso tem tudo para ser um divisor de águas para o setor neste ano. Em janeiro, a entrada de visitantes internacionais voltou a demonstrar o interesse mundial por nossos destinos, especialmente os de sol e praia. Em resumo, o ano é de oportunidades e promete ficar para a história”, comemora Sampaio.