A banda Muntchako mistura Fela Kuti e Luiz Gonzaga para fazer dançar
A banda Muntchako se apresenta em João Pessoa no dia 27 de novembro, domingo, na Casa da Pólvora.
O Muntchako segue fritando as pistas de dança e misturando Fela Kuti com Luiz Gonzaga através do projeto Fela dum Gonzaga, cujo álbum será lançado em 2023. O trio formado no Distrito Federal (que tem o paraibano Macaxeira na formação) já lançou os singles “Pagode Russo” e “Waka Morena” que carregam o aspecto inusitado das mesclas culturais e sonoras muntchakianas. O show está na estrada e passa por João Pessoa neste domingo, 27 de novembro, com entrada gratuita, no Parque Cultural Casa da Pólvora, Centro Histórico, contando com apoio da Funjope/PMJP e produção local da Toroh.
Ao olhar o mapa mundial na época da pangeia, é possível visualizar a conexão entre o Nordeste do Brasil e a Nigéria, na África. Estes territórios se encaixam perfeitamente. O Muntchako, em mais uma de suas pesquisas pelos sons e estéticas terceiro-mundistas, misturou duas manifestações musicais autênticas e significativas para a construção da música universal: o baião e o afrobeat. Essa colisão respeitosa e irreverente (como já é de praxe na obra do trio) resultou no projeto Fela dum Gonzaga, que se tornou possível graças ao FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
Os três ninjas da arte dançante que formam o Muntchako – Samuel Mota (guitarra, synths, programações e produção musical), Rodrigo Barata (bateria e beats) e Macaxeira Acioli (samples, beats e percussão) – contam ainda com o sax barítono de Esdras Nogueira e a sanfona de Juninho Ferreira. Eles deram uma mexida nos baús de Fela Kuti e Gonzagão, recortaram, colaram e criaram em cima.
“Fela dum Gonzaga” é uma pérola da música instrumental brasileira contemporânea de pista.
O Muntchako transforma os ritmos em pontes que nos transportam para ambientes inimagináveis. Caminha pela América Latina caliente, pela África mântrica, pela hipnose moura cigana, pela Jamaica enfumaçada e pelos bueiros suados da Amazônia equatorial. Cada passo dessa caminhada é pontuado pelos algoritmos universais da pista: beats eletrônicos, synths e guitarras misturam-se aos instrumentos e tambores orgânicos. O resultado é uma música instrumental sem letras, mas com muitos sotaques e sem fronteiras. Os sons e as estéticas terceiro-mundistas são traduzidas com os pés num Brasil imenso e diverso e com as antenas curiosas que captam as tendências globais. O Muntchako é filho da complexidade sonora e política da América Latina. O trio se faz presente nos mais importantes festivais pelo Brasil, América do Sul e Europa.
Serviço:
Data: 27/11 (domingo) – João Pessoa
Local: Parque Cultural Casa da Pólvora, Ladeira São Francisco – Centro Histórico
Horário: 16h
Entrada: Gratuito