João Pessoa será candidata a sediar o III Congresso Nacional de Jardins Botânicos em 2025

 João Pessoa será candidata a sediar o III Congresso Nacional de Jardins Botânicos em 2025

Reunião define metas e objetivos para tornar a capital paraibana o centro das discussões ambientais no Nordeste. Foto: Sérgio Melo

A Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB) lançou no dia 28 de junho o edital RBJB 002/2024, iniciando a seleção para decidir qual instituição sediará o III Congresso Brasileiro de Jardins Botânicos em 2025. As propostas devem ser encaminhadas até 30 de agosto de 2024, com o resultado preliminar sendo divulgado no site da RBJB em 5 de setembro de 2024.

Na terça-feira, 16 de julho, uma reunião em João Pessoa reuniu diretores de quatro Jardins Botânicos do Nordeste e representantes de secretarias municipais da capital paraibana. O objetivo do encontro foi discutir os pontos essenciais para que João Pessoa possa sediar o III Congresso Nacional de Jardins Botânicos (IIICNJB) em 2025.

Participaram da reunião a presidente da RBJB, Zenaide Nunes; Ricardo Pessoa, Diretor da Usina de Arte (Pernambuco); Arnaldo Bezerra de Meneses, Diretor do Jardim Botânico da UEPB; Milena, Diretora do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (BICA); Suênia, Diretora do Jardim Botânico Benjamin Maranhão; Djalma Castro, Secretário Executivo da SEMAM; Alex, Relações Interinstitucionais da SEMAM; Ismael Araújo, Coordenador de Botânica da Bica; Glauber Travassos, Educador ambiental da Bica; Fernando Yplá, Assessor técnico da Bica; e Sérgio Melo, Assessor de Comunicação da RBJB.

 

 

Durante a reunião, foram traçadas metas e objetivos claros para participar do edital, com a esperança de que João Pessoa seja escolhida como sede do IIICNJB. Este evento colocaria o Nordeste no centro das discussões sobre meio ambiente, educação ambiental e troca de conhecimentos entre os Jardins Botânicos de todo o Brasil.

Após a reunião, os representantes dos Jardins Botânicos e a presidente da RBJB participaram de uma visita técnica ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara (BICA). Lá, conheceram a antiga casa grande e o engenho Paul, desapropriados pelo governo da província da Paraíba em 1850, transformando a área em um ambiente público. O parque, criado em 1921, é um verdadeiro tesouro histórico e natural. Visitaram também a “Fonte Tambiá”, uma das três fontes que abasteceram a cidade colonial, com o atual frontão de pedra calcária datando de 1889.

Seguindo pela mata do parque, encontraram árvores seculares como Ipês, Barriguda (Paineira), Jequitibá, Pau-Brasil e um conjunto de 10 palmeiras reais em um curto perímetro, até chegar ao lago da Bica.

 

Vista do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (BICA). Foto: Sérgio Melo

 

A visita técnica continuou no Jardim Botânico Benjamin Maranhão, onde conheceram as belas paisagens e a arquitetura do local, além do viveiro de mudas, que realiza um trabalho frutífero em educação ambiental. As trilhas oferecidas aos visitantes são um dos pontos fortes do Jardim, e os técnicos puderam percorrer uma pequena trilha, apreciando as paisagens e a vida silvestre da Mata do Buraquinho, um remanescente da Mata Atlântica no meio urbano de João Pessoa.

Com a primeira etapa do projeto concluída com êxito, o objetivo agora é trabalhar intensamente para que João Pessoa seja escolhida como sede do IIICNJB. A capital paraibana oferece excelentes condições para receber os mais preparados profissionais e pesquisadores da área botânica do país. A RBJB segue fortalecendo os Jardins Botânicos brasileiros, promovendo a interação e a troca de conhecimentos entre seus associados. Sediar este congresso em João Pessoa destacaria o Nordeste e reforçaria a importância da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável na região.

 

Viveiro de mudas, Jardim Botânico Benjamin Maranhão. Foto: Sérgio Melo

 

Jardim Botânico Benjamin Maranhão. Foto: Sérgio Melo

 

Parque Zoobotânico Arruda Câmara (BICA) – Esta Paineira é uma árvore que pode chegar a 25m de altura. Suas flores são rosas, lindas e grandes. Seu tronco possui muitos acúleos porque sua madeira é frágil, fácil de ser predada quando ainda tem poucos metros. É uma planta ideal para reflorestamento, pois seu fruto possui uma paina (que parece fios de lã), que serve para ajudar na dispersão, pelo vento, de suas sementes. Foto: Sérgio Melo

 

 

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